Neste artigo iremos falar sobre os Tipos de Fundações mais utilizadas no Brasil, bem como suas funcionalidades e métodos para a escolha em cada tipo de obra.

Saliento que este conteúdo tem como objetivo apenas uma abordagem teórica de Fundação.

Para mais detalhes, consultar a norma específica:

NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações

Definição

A fundação é o elemento que irá receber toda a carga proveniente da estrutura, ela tem a finalidade de distribuir o peso em todo o solo onde está apoiada. Por isso é importante que ela deva ter resistência suficiente para suportar as tensões causadas pelos esforços solicitantes.

Para desenvolver um projeto mais adequado torna-se necessário conhecer e entender os esforços que irão atuar sobre a construção e as características do solo, para isso é feito um ensaio de SPT para levantar as características do mesmo.

Existe dois grandes grupos de fundação:

• Fundação superficial ou rasa;
  
  
• Fundação profunda;

Os Tipos de Fundação

Fundação Superficial

A fundação superficial de acordo com a NBR 6122/2010, são elementos em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões distribuída sob a base da fundação. Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radiers, as sapatas associadas, as vigas de fundação (baldrame), e as sapatas corridas.

Fundação Profunda

A fundação profunda de acordo com a NBR 6122/2010, são elementos que transmitem a carga ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste), ou por combinação das duas. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os caixões.

Qual tipo de fundação você deve usar?

Antes de definir o projeto de fundação é necessário que o engenheiro faça um estudo detalhado do terreno, a qualidade da estrutura depende desse estudo.

O projeto de fundação basicamente envolve considerações da mecânica do solo e da análise estrutural, com isso é possível levantar os fatores que influenciam na escolha de fundação do projeto:

• Característica da superestrutura, é necessário observar o material que irá compor a superestrutura (concreto armado, protendido, metálica, etc.), e qual a finalidade do projeto (residencial, comercial, barracão, etc.);
  
  
• Nível da água, analisar o nível da água para um eventual rebaixamento do mesmo;
  
  
• Característica mecânica do solo, o estudo geotécnico (SPT) é muito importante para determinar o tipo de fundação, dele é possível levantar os dados do solo, como granulometria, tipo de solo, encontrar as camadas resistentes, compressibilidade, etc;
  
  
• Analise técnica das fundações existentes, toda fundação tem alguma  limitação, por isso a necessidade de conhecer cada uma delas, para facilitar a escolha da melhor para o seu projeto, exemplos dessas limitações, são: a capacidade de carga, equipamento disponível, restrições do solo (nível da água, matacões, camadas muito resistentes, recalque etc.);
  
  
• Custo, com a análise técnica é possível levantar os custos das alternativas encontradas, e assim escolher a fundação mais viável estruturalmente e economicamente, juntamente com o planejamento do projeto arquitetônico em mãos.

Em resumo…

• Para fundações rasas: as características do solo que possuem as melhores condições para a sua execução são areia compacta, argila mole, presença do lençol freático e aterro não compactado.
• Para fundações profundas: geralmente qualquer tipo de solo de acordo com a segurança e viabilidade técnica e econômica definido por um engenheiro civil.

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